QUEM FOI REI ...

QUEM FOI REI ...

domingo, 27 de dezembro de 2015

          Creio que a maioria dos aquarelistas usa papel de 300 g/m². É o mais encontradiço e considerado de boa gramatura para um bom trabalho. Há algumas alternativas um pouco mais leves, com 220 ou 265 g/m² e mais pesadas. Quanto menor a gramatura, mais difícil é o controle do papel quando aplicamos a aquarela, especialmente nas lavadas. Eles se ondulam e se distorcem muito, sendo necessário esticá-los antes de se começar a obra. Há diversas maneiras de fazer isso e cada um tem seu método predileto.
          Cheguei a confeccionar alguns equipamentos especiais para esticar meus papéis, padronizando a área das superfícies de acordo com os tamanhos dos papéis que tinha. São placas de compensado naval com perfis especiais de alumínio nas arestas, que prendem o papel molhado em todo o seu perímetro, sem a gosmeira habitual das fitas gomadas normalmente usadas. Há produtos industrializados semelhantes no exterior. Ao secar, o papel fica como um tambor, perfeitamente plano. Funciona muito bem, mas é a tal coisa, você tem sempre que carregar a placa junto e, ao final do trabalho, se usar as fitas gomadas, é necessário cortar o papel em volta.
          Hoje em dia há blocos de papel de boa qualidade que já vêm com as bordas coladas nas 4 arestas, facilitando em muito o inconveniente da distorção ao se aplicar água, mas criando outro...você tem que levar o bloco inteiro enquanto está trabalhando.
          Tendo em vista essas complicações, comecei a usar papéis de 640 g/m², muito mais grossos, que dispensam a fixação das bordas. É mais caro? Sim....bem mais caro, mas a vantagem é bem maior também. Não deforma, não há necessidade de fixação e a sensação de se trabalhar com papel mais encorpado é ótima.
          Trabalho também com papéis de 1000 g/m², mas trata-se de papel muito grosso; ótimo para se trabalhar, mas complicado para se emoldurar. É como se fosse uma tábua, difícil de fixar no passe-partout.
          Com o tempo, vamos conversando mais sobre papéis, como surgiram para os aquarelistas e seu preparo moderno.

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