Aquarela é
qualquer pigmento artístico que contém ou é diluído ou manipulado com água.
Isso inclui têmperas, tintas acrílicas e vinílicas. Para nós, entretanto, só
interessa o pigmento artístico que usa goma arábica como aglutinante.
Apesar da história da aquarela
remontar à pré-história, desde as cavernas de Lascaux, passando pelo antigo
Egito, Idade Mádia, Renascimento, etc...nossa atenção se prenderá à aquarela
que se desenvolveu à partir da Escola Inglesa do século XVIII e século XIX. É a
aquarela moderna, que usa papel como substrato e base, que nos interessa.
Alguns "puristas" referem-se
à aquarela como o uso da tinta apenas para lavagens transparentes. Tintas
transparentes e opacas são praticamente idênticas e, para todos os efeitos,
produzem resultados igualmente satisfatórios. Só para ilustrar, basta dar uma
olhada na majestosa coleção de aquarelas de John James Audubon, retratando
pássaros ou as belíssimas marinhas de Samuel P. Jackson, que rivalizam com
qualquer pintura à óleo. Nenhum desses dois artistas, além de milhares de
outros nomes de expressão, usa apenas transparências em seus trabalhos.
Outra definição míope é a de
que o branco da aquarela deve ser apenas o branco do papel. Todos os grandes
nomes da aquarela usaram pigmentos brancos. Alguns, inclusive, usaram gouache
(que também é uma forma de aquarela opaca) branco para luzes e acabamentos, sem que isso tirasse o mérito da obra. Quem, em sã consciência, criticaria Turner ou Isabey por usar
esse recurso?Velha Casa / Old House
Nenhum comentário:
Postar um comentário